Última reunião de 2025 frustra expectativas de acordo.

As entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil foram chamadas pelo BB para se pronunciarem sobre as medidas emergenciais que poderiam assegurar a sustentabilidade da CASSI, enquanto aguardam as soluções definitivas para o custeio do Plano Associados CASSI. A reunião aconteceu no dia 10 de dezembro, no edifício sede do Banco, em Brasília.

Os indicados do BB à mesa de negociação informaram que o Banco vai garantir o caixa até julho de 2026, isto é, apenas 3 anos de antecipação da parte patronal sobre o 13° salário. Também disseram que o BB não vai conseguir garantir o aumento das reservas para afastar o acionamento da Agência Nacional de Saúde (ANS), o que deve ocorrer no segundo trimestre de 2026.

Para o presidente da ANABB, Valmir Camilo, não há como considerar a contraproposta, nem levar as condições apresentadas aos integrantes da Associação. Por um lado, Valmir sugeriu que o BB procure diretamente a Cassi. Por outro lado, os diretores da CASSI afirmaram, por unanimidade, que a proposta é insuficiente.

O prazo exíguo para solução dos problemas estruturais da CASSI exigirá esforço e dedicação por parte de todos os envolvidos na mesa de negociação. Segundo Valmir, se o BB usar o curto tempo para tirar vantagem no acordo, com prejuízos para os Associados, não vai contar com o apoio da ANABB. “Se o Banco não quiser avançar observando o limite 70x30 permitido pela CGPAR 52, acabará assumindo os 100% do déficit”, afirmou o presidente.

Reunião anterior

Na reunião anterior, os indicados pelo BB e os representantes das entidades concordaram que seria prematuro fechar qualquer proposta para levar à votação do início de 2026, quando o calendário estará apertado por eleições da CASSI, eleições da PREVI e votação das contas do exercício CASSI 2025.

Contudo, para dar fôlego à CASSI seriam necessários aportes adicionais do Banco, que assegurassem o equilíbrio financeiro da instituição nos primeiros meses de 2026. Na ocasião, os representantes do funcionalismo sugeriram adiantamento de 10 anos de parcelas patronais do 13° salário e mais um ano de taxa de administração, antecipadas para janeiro de 2026 – equivalente a R$30 milhões por mês ou R$360 milhões ao ano.

A expectativa era fechar 2025 com uma garantia de caixa para 2026 inteiro e Reservas de Cobertura até a metade do ano.

Fonte: ANABB

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