INFORME BANCÁRIO 90/2025 - Lucro dos 5 maiores bancos soma R$ 29 bi no 3º tri e só BB tem queda nos ganhos
Publicado em 14 novembro 2025
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Desempenho do setor financeiro superou as expectativas do mercado em 14%.
Os grandes bancos do Brasil apresentaram lucros polpudos no terceiro trimestre de 2025. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco, BTG, Santander e Banco do Brasil registraram um lucro líquido pouco acima de R$ 29 bilhões no período. O resultado, contudo, foi 6,1% menor que o desempenho acumulado no mesmo período do ano passado, quando os mesmos cinco bancos alcançaram um lucro líquido de R$ 30,9 bilhões, conforme levantamento da consultoria Elos Ayta.
O grande responsável pela queda acumulada no resultado das cinco maiores instituições financeiras do país foi o Banco do Brasil. O lucro do banco estatal encolheu 66,1%, para R$ 3,02 bilhões no terceiro trimestre do ano. Todos os demais apresentaram resultados superiores ao terceiro trimestre de 2024. Veja abaixo os lucros dos maiores bancos:

Com apoio da plataforma de consensus de mercado Aleeph, os dados da consultoria mostram que lucro agregado das cinco maiores instituições financeiras superou as expectativas para a maioria dos bancos, com destaque para o BTG Pactual, que apresentou resultado até 14% acima das projeções dos analistas.
O Itaú Unibanco foi o destaque da temporada ao registrar lucro líquido recorrente de R$ 11,9 bilhões no trimestre, um novo recorde histórico e em linha com as projeções de mercado. O desempenho foi impulsionado pela expansão da margem financeira com mercado e pelo controle rigoroso das provisões e da inadimplência. Para o quarto trimestre, o consenso projeta um novo recorde de lucro, em torno de R$ 12,4 bilhões, o que consolidaria o Itaú como líder em rentabilidade entre os grandes bancos.
O Bradesco apresentou resultado considerado estável, com lucro cerca de 1% abaixo do consenso. A expansão da margem financeira com clientes foi o principal ponto positivo, acompanhada de inadimplência dentro do previsto. Por outro lado, o leve aumento no custo de risco acendeu um sinal de alerta, indicando que o ciclo de normalização das provisões ainda não se encerrou.
Entre as surpresas positivas, o Santander Brasil apresentou lucro cerca de 8% acima das projeções, revertendo o desempenho mais pressionado dos últimos trimestres. A combinação de expansão de margem financeira e queda na inadimplência contribuiu para a recuperação da rentabilidade, sinalizando um cenário mais favorável para o banco no curto prazo.
O BTG Pactual manteve o ritmo acelerado de crescimento e novamente superou as projeções dos analistas. O avanço foi sustentado por três frentes principais: Corporate and SME Lending, com carteira ativa e spreads saudáveis; Sales & Trading, beneficiado por maior giro e volatilidade dos mercados; e Wealth Management, com expansão da base de clientes e dos ativos sob gestão. O resultado reforça a estratégia de diversificação de receitas e alavancagem operacional que tem sustentado o ciclo de crescimento do banco.
O Banco do Brasil encerrou a temporada de balanços entre os grandes bancos com lucro levemente acima das expectativas, que já eram conservadoras. A margem com clientes veio melhor que o esperado, mas as provisões e a inadimplência seguiram em alta, o que levou a instituição a revisar para baixo seu guidance de lucro para 2025, agora entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, ante a faixa anterior de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões. A deterioração da carteira de crédito ligada ao agronegócio foi apontada como um dos principais fatores de pressão sobre os resultados futuros.
Já no desempenho das ações da B3, o BTG é quem lidera os ganhos no acumulado no ano, com valorização de mais de 100%, seguido pelo Bradesco. Veja abaixo o ranking:
Após a divulgação dos números do terceiro trimestre, as projeções para o fim do ano indicam otimismo moderado. O Itaú deve bater novo recorde de lucro trimestral, enquanto o Banco do Brasil tende a ajustar suas estimativas diante do novo guidance.
O levantamento da Elos Ayta com apoio da Aleeph mostra, em valores absolutos, as expectativas de lucro para o quarto trimestre, permitindo comparar o tamanho relativo de geração de resultados, o ritmo de crescimento em relação ao trimestre anterior e o espaço para novas surpresas positivas ou negativas na próxima temporada de balanços.
Veja abaixo as expectativas para os resultados no 4º trimestre:
Fonte; Istoé Dinheiro
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